A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus ou fungos). A meningite meningocócica é causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitidis que é popularmente conhecida como meningococo. A meningocócica é uma meningite bacteriana e, junto com a pneumocócica, é considerada uma das formas mais graves e preocupantes da doença.
Causa da Meningite Meningocócica
A meningite meningocócica é facilmente transmissível pelas vias respiratórias, podendo provocar surtos e epidemias. Esta é a forma mais temível de meningite bacteriana por causa da gravidade e intensidade dos sintomas, podendo até levar à morte se não for tratada.
O meningococo pode ser transmitido pela pessoa doente ou portadora da bactéria. Lembrando que nem todos os indivíduos que adquirem a Neisseria meningitidis desenvolvem meningite. Uma grande parte das pessoas já possuem defesas contra essa bactéria. Bebês com idade entre 6 meses e 1 ano são mais vulneráveis à doença, pois ainda não possuem os anticorpos necessários para combater o meningococo. Em caso de suspeita de meningite, procure atendimento médico com urgência. Se não for tratada a tempo, a meningite meningocócica pode levar a quadros graves rapidamente.
Sintomas da Meningite Meningocócica
Meningite meningocócica é uma forma grave de meningite bacteriana, altamente contagiosa. A bactéria fica alojada entre as meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), causando inflamação das mesmas. Os sintomas da meningite meningocócica pode evoluir rapidamente e se agravar em poucas horas. O doente pode ter febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos, dor na nuca, rigidez de nuca que é dificuldade de encostar o queixo no peito. Podem aparecer manchas roxas na pele, confusão mental, falta de apetite, sonolência, agitação, sensibilidade à luz.
O quadro ainda pode evoluir ainda e causar diarreia, convulsões, delírios e coma. Os bebê podem apresentar a moleira tensa ou alta, febre, irritabilidade, gemido ao ser tocado, recusa alimentar, vômitos, choro agudo e convulsões. Ela pode causar complicações graves e deixar sequelas, como cegueira, atraso mental, surdez, distúrbios motores, de linguagem e visuais.
Vacinas Para Meningite Meningocócica
O meningococo tem 12 “tipos” diferentes, conhecidos como sorogrupos que são definidos por letras. Destes, 6 se destacam: A, B, C, W135, X e Y. Para nos proteger contra todos estes sorogrupos, existem hoje 3 vacinas: a que protege contra o meningococo C, contra o meningococo B e outra que nos protege dos ACWY. Nos últimos anos, o meningococo C foi o mais frequente no Brasil. Justamente por isso esta vacina está contida no Programa Nacional de Imunização e é gratuitamente distribuída para todas as crianças. A primeira dose deve ser dada aos 3 meses de idade, a segunda aos 5 meses e uma dose de reforço depois de 1 ano de idade. Pode ser dada mais uma dose aos 4 anos. Aos 12-13 anos está indicado outro reforço.
As vacinas ACWY e contra o meningococo B estão disponíveis em clínicas de imunização. A vacina ACWY segue o calendário da vacina contra o meningococo C, e a vacina contra o meningococo B deve ser dada em 3 doses ao longo do primeiro ano de vida, com intervalo de 2 meses entre as mesmas. Depois de 1 ano, deve-se fazer uma dose de reforço. Quem não fez as doses antes de 1 ano pode fazer 2 doses, com intervalo de 2 meses entre elas.
Os adolescentes são considerados grupo de risco para meningite meningocócica e, por isso, devem receber as vacinas. A meningite meningocócica se caracteriza por seus sintomas serem inespecíficos. Por exemplo, no começo parece uma gripe com febre, mal-estar, vômitos e dor de cabeça. E rapidamente o quadro evolui, com alto grau de letalidade. Em questão de horas a pessoa acometida pode morrer. Isso é que é o mais preocupante. Meningite meningocócica é uma doença rápida e muitas vezes fatal. As vacinas são, de longe a melhor, mais segura e mais eficaz forma de proteção.
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