Febre Mayaro nova doença e muito pouco conhecida pode se transformar em epidemia segundo a BBC Mundo. Cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, relataram ter encontrado no Haiti um caso inédito de mayaro, doença caracterizada por uma febre hemorrágica muito parecida com a da Chikungunya.
Causas da Febre Mayaro
A febre Mayaro é transmitida pela picada de alguns mosquitos silvestres entre eles a espécie Haemagogus janthinomys, que também transmite a febre amarela. Os mosquitos transmissores dessa doença são encontrados em áreas de mata e locais próximos a rios onde existe a presença, principalmente, de primatas não humanos neste caso SOS macacos que servem como hospedeiros do vírus. Recentemente descobriu-se que, além desses primatas, os mosquitos picam outros seres, tais como ovelhas e cavalos, mas esses animais não desenvolvem a doença.
Em um artigo publicado recentemente na revista Scientific American, a jornalista especializada em ciência, Marta Zaraska diz que isso poderia explicar por que o Mayaro pode se tornar um problema generalizado: "Ambos os vírus eram originalmente transmitidos por mosquitos da selva, infectando pessoas na região amazônica, mas o Chikungunya tem se adaptado e hoje é transmitido por mosquitos urbanos, como o Aedes albopictus e o Aedes aegypti", que também transmitem a febre amarela, a dengue e a zika. A jornalista diz que o mesmo pode estar acontecendo com o vírus Mayaro já que em exames de laboratório, foi provado que o Aedes albopictus e o Aedes aegypti podem ser vetores da Febre Mayaro e o fato do vírus ter sido detectado no Haiti sugere que ele também está se adaptando ao ambiente urbano.
Sintomas da Febre Mayaro
A febre Mayaro é uma doença muito parecida com à febre Chikungunya. Geralmente os sintomas aparecem por volta de um a três dias após a infecção, e o doente apresenta febre moderada de curta duração, dores de cabeça, nos olhos, nos músculos e nas articulações, calafrios, inchaço nos tecidos próximos a uma articulação e erupções cutâneas vermelhas pelo corpo. Normalmente os sintomas e sinais da doença acabam em duas semanas, e o doente recupera-se completamente, entretanto em alguns casos as dores articulares podem permanecer por meses, o que pode afetar diretamente a sua qualidade de vida. Em casos mais graves, pode ocorrer ainda encefalite que é a inflamação e infecção no encéfalo.
O tratamento da febre Mayaro é feito apenas para diminuir os sintomas. As dores e a febre são tratadas normalmente com analgésicos e antitérmicos e, da mesma maneira como acontece no caso de dengue, não se recomenda o uso de salicilatos, como aspirina e AAS, por riscos de ocorrência de problemas hemorrágicos. Não existe vacina contra o Virús Mayaro que é transmitido por picada de inseto então a prevenção é feita evitando-se locais de risco como regiões perto de matas e perto de rios. É importante usar roupas de mangas compridas e fazer o uso de repelentes. A região Amazônica e o Centro Oeste são considerados como áreas endêmicas e de acordo com o Instituo Oswaldo Cruz em estudos feitos nos laboratórios foi constatado que o Aedes Aegypti tem capacidade para transmitir o vírus Mayaro sendo importante o combate continuado contra o mosquito.
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