Doença Pênfigo também conhecida como Fogo Selvagem. Existem casos no mundo todo, mas costuma ser bem constante na região centro-norte da América do Sul. No Brasil, ocorre com maior frequência nos Estados da região Centro-Oeste, em Minas Gerais, Distrito Federal oeste de São Paulo e norte do Paraná. O pênfigo é um termo que abrange um grupo de doenças incomuns, que caracterizam-se pelo surgimento de bolhas na pele e nas mucosas (oral, vaginal e peniana). Todos apresentam em comum a localização das bolhas, que é a epiderme (camada mais superficial da pele).
Tipos da doença Pênfigo
Sua origem ainda não é conhecida. Sabe-se que um mecanismo imunológico, de auto-agressão, é responsável pelo ataque a pele por parte dos anticorpos. E isso faz com que exista a perda de aderência entre as células da epiderme. Existe também a hipótese da etiologia viral, em que o homem, adentrando o nicho ecológico do agente infeccioso, possivelmente contrairia o patógeno por intermédio de um vetor. Existem distintos tipos de pênfigos.
Compartilhamos abaixo dois tipos principais:
Pênfigo Vulgar: É o mais grave e, na maioria das vezes, aparece entre 30 a 60 anos de idade. Normalmente inicia-se com dolorosas lesões na mucosa oral, que lembram aftas. Algum tempo depois, aparecem na pele, bolhas que contêm um líquido translúcido, turvo ou sanguinolento, que convergem e se rompem, resultando em erosões na mucosa, similares a queimaduras. Como as lesões são dolorosas, o comprometimento da mucosa oral leva a dor ao deglutir, atrapalhando a alimentação, contribuindo assim para a queda do estado geral do paciente.
Pênfigo Foliáceo: Este é conhecido como Fogo Selvagem, acomete principalmente adultos jovens e crianças que habitam áreas rurais, perto de rios e em algumas populações indígenas. A afecção é caracterizada pelo aparecimento de bolhas superficiais, que convergem e se rompem com facilidade, resultando em uma lesão erosada e áreas eritematosas cobertas por crostas. Essas lesões iniciam-se na cabeça, pescoço e parte superior do tronco, espalhando-se, posteriormente, por todo o corpo, exceto nas mucosas. As lesões são dolorosas e dão a sensação de queimação, por isso é chamado de Fogo Selvagem.
Tratamento da Doença Pênfigo
A confirmação do diagnóstico é feito por meio de uma detalhada análise ao microscópio de um fragmento de pele lesada (bolha). O tratamento tem demora no mínimo até três anos. Depois de controlada, a condição não necessariamente terá desaparecido permanentemente.
O tratamento tem por objetivo acabar com a auto-agressão, impedindo que os anticorpos ataquem a pele. O principal fármaco usado é o corticosteróide em altas doses. É comum que seja necessária a hospitalização do paciente até que a fase mais grave seja controlada. As infecções secundárias são tratadas com medicamentos coadjuvantes. Os cuidados gerais com a higiene das lesões, hidratação e alimentação do paciente são imprescindíveis. Outros fármacos imunossupressores podem ser associados nos casos mais serios e que não respondem positivamente ao tratamento com os corticosteróides.
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