Sífilis – Transmissão e Sintomas
Sífilis é uma doença sexualmente transmissível e o número de casos da doença vem aumentando no Brasil. Este ano, o Ministério da Saúde divulgou que o país vive uma nova epidemia de sífilis. Segundo os especialistas a epidemia tem sido causada por falta de medicamentos, a baixa qualidade dos exames pré-natal e a falta de uso de preservativos nas relações sexuais.
Transmissão da Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e sua transmissão acontece na maioria dos casos pela via sexual e acontece por causa da penetração da bactéria através de microscópicas feridas ou abrasões na mucosa da vagina ou do pênis. Estima-se que o risco de contágio em cada relação sexual desprotegida com parceiro infectado seja de aproximadamente trinta por cento. Se houver feridas ou inflamações na vagina/pênis, este risco é ainda maior.
Os pacientes que transmitem sífilis são os que tem a doença na fase primária ou secundária, principalmente se houver lesões ativas nos órgãos sexuais. Apesar de não ser cem por cento eficaz, a camisinha ainda é o melhor método para precaver contra a transmissão por via sexual da sífilis. Quando o doente esta em fases mais avançadas da doença, a sífilis pode ser transmitida por beijos e até pelo toque, se houver lesões na pele ou na boca. A transmissão da sífilis por transfusão de sangue é muito rara já que o o Treponema pallidum não sobrevive por mais de quarenta e oito horas no sangue estocado. Já a sífilis congênita e a adquirida pelo feto quando a mãe encontra-se contaminada pelo Treponema pallidum durante a gestação. A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.
Sintomas da Sífilis
O período de incubação que é o intervalo de tempo entre o contágio e os primeiros sintomas é de aproximadamente de duas a três semanas. Entretanto, existem casos em que este intervalo pode ser tão curto quanto três dias ou tão longo quanto três meses. Na sífilis primária a lesão é uma pápula que é uma pequena elevação na pele dos órgãos genitais e em poucas horas se transforma em uma úlcera que não doi. Nas mulheres esta lesão pode passar despercebida, uma vez que é pequena normalmente tem um cm de diâmetro ela é indolor e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos ou dentro da vagina. Não existem outros sintomas associados à lesão da sífilis primária; o paciente apresenta no máximo aumento dos linfonodos da virilha as chamadas ínguas. As ulceras também podem aparecer na boca ou na faringe se a transmissão se deu através de sexo oral.
A ulcera provocada pela Sifilis é chamado de cancro duro e depois de três a seis semanas desaparece mesmo sem tratamento. Isto causa uma falsa impressão de cura espontânea, por isso a doença acaba por ficar despercebida e o maior problema é que o desaparecimento do cancro duro não significa cura, mas sim que a bactéria está se multiplicando e se espalhando pelo organismo silenciosamente.
Na fase secundaria é que a maioria dos pacientes descobre que tem sífilis, pois na lesão primária pode ter passado despercebida na época. Esse tipo de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são comuns febre, mal estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo. As lesões encontradas nas solas dos pés, palmas das mãos e mucosa oral são características, mas as erupções de pele podem ocorrer em qualquer local do corpo.
Uma outra lesão típica da sífilis secundária é o chamado condiloma lata, uma lesão úmida, com aspecto de uma grande verruga, que surge geralmente próximo do local onde existiu a lesão do cancro duro na sífilis primária. Existem casos de sífilis secundaria que podem apresentar pouco após o desaparecimento da sífilis secundária, o doente entra na fase latente da doença. Não existem sintomas, mas os testes laboratoriais para sífilis são positivos. A fase latente é dividida em latente precoce, quando a contaminação pelo Treponema pallidum ocorreu há menos de 1 ano, ou latente tardia, nos casos de infecção há mais de um ano.
Na sífilis terciária o doente pode ficar muitos anos ou décadas sem sintomas na fase latente antes que haja o retorno da doença e é nesta fase que a sífilis volta de maneira mais grave.
Abaixo compartilhamos sintomas da sífilis terciaria:
– Goma sifilítica: grandes lesões ulceradas que podem acometer pele, ossos e órgãos internos;
– Sífilis cardiovascular: acometimento da artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica;
– Neurosífilis: acomete o sistema nervoso, lavando à demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos.
Se a doença for diagnosticada em seu inicio, a sífilis não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente. O tratamento mais indicado pelos médicos é feito à base de penicilina, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. Uma única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da doença, principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o paciente poderá precisar de mais de uma dose da injeção.
Durante o tratamento, o paciente precisará fazer visitas regulares ao médico para garantir que está tudo bem. É preciso fazer os exames de sangue de acompanhamento após três, seis, 12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção.
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