Mosca Branca – Presença No Brasil
Mosca Branca de nome Bemisia tabaci do biótipo que foi encontrada em Mato Grosso. Ela é considerada invasora no Brasil. Esta raça tem como característica ser naturalmente mais resistente a uma gama de inseticidas utilizados na agricultura. A mosca-branca se espalhou pelo planeta por meio da comercialização e do transporte de plantas ornamentais realizada entre os países da Europa, Bacia do Mediterrâneo, Ásia e Américas (Brown et al, 1995) e foi devido à facilidade de adequação a regiões de climas tropical, subtropical e temperado que se transformou também no vetor de mais de uma centena de viroses descritas em diferentes partes do mundo.
Presença No Brasil da Mosca Branca
As moscas brancas foram localizados em uma floricultura em Sinop (MT). Ainda não se sabe se já há presença desta raça nas lavouras da região. Pela primeira vez pesquisadores detectaram a presença da mosca. Isso foi possível devido ao um trabalho coordenado pelo pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Rafael Pitta, com auxílio de alunos de graduação do curso de Agronomia da UFM.Contou também com ajuda de pesquisadores da Unesp (Botucatu-SP), onde foi feita a identificação por meio da biologia molecular. A análise do DNA é a única maneira de diferenciar as raças, uma vez que são visualmente idênticas. Transmissora de viroses, a mosca branca causa danos em diversas culturas, com maior impacto econômico em pimentão, soja e algodão.
Rafael Pitta explicou que a iniciativa da busca pela praga em Mato Grosso começou após assistir a uma apresentação em um evento científico na qual viu que esta raça de mosca branca está presente em plantios de flores no estado de São Paulo. Como plantas daquela região são enviadas para todo o país, possivelmente já haveria indivíduos em outras regiões. Seus alunos no curso de Agronomia da UFMT coletaram moscas brancas em tomateiro, hibisco, rabo de gato, trombeta de anjo e lantana em uma floricultura e nos jardins das próprias residências. De todos os indivíduos analisados, dois dos cinco presentes na lantana eram do biótipo Q. As demais eram do biótipo B, mais comum na região.
O pesquisador explica que a descoberta abre a necessidade de novas pesquisas para verificar se esta raça de mosca branca já está presente nas lavouras do estado. O risco maior é para as culturas da soja e do algodão. “Como esta raça é resistente a uma gama de inseticidas, a pulverização das lavouras poderá selecionar indivíduos desta raça, tornando mais difícil e mais caro o controle da mosca branca”, explica Rafael Pitta. “O exagero nas aplicações aumenta a pressão de seleção desta raça, favorecendo o estabelecimento dela nas lavouras. O melhor a fazer é monitorar a lavoura e somente aplicar o inseticida quando a infestação atinge o nível de dano”, orienta o pesquisador da Embrapa.
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