Greve dos Trabalhadores Bancários – Públicos e Privados 2012
GREVE DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS – PÚBLICOS E PRIVADOS 2012.
FOLHA BANCÁRIA – 13 de setembro de 2012
Edição 5.579
Trabalhadores de bancos públicos e privados aprovaram por unanimidade paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima terça feira – dia 18/09/2012.
Os bancários vão parar. A federação dos bancos (Fenaban) tem até a segunda – dia 17 para apresentar ao Comando Nacional dos Bancários proposta que contemple aumento real, PLR, vale refeição e alimentação maiores e valorização nos pisos. Caso contrário, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir da terça feira – dia 18. A decisão foi tomada, por unanimidade, por cerca de mil trabalhadores que participaram da assembléia na quarta 12.
“Insistimos em resolver a campanha na mesa de negociação, no entanto, não houve o mesmo empenho das instituições financeiras. Agora o tempo dos bancos está se esgotando e caso não seja apresentada proposta que valorize de fato os trabalhadores, a categoria entrará em greve a partir do dia 18”, disse a presidente do Sindicato, Juvandia Moreira.
A dirigente sindical destaca que enquanto tentam economizar com os bancários, os bancos gastam milhões com executivos. O montante destinado pelos bancos à remuneração dos integrantes do alto escalão aumentou 9,7% neste ano. “Cada diretor do Itaú ganhará, em média, R$ 8 milhões neste ano, do Santander R$ 6 milhões, no Bradesco R$ 4 milhões e no Banco do Brasil R$ 1 milhão. Os acionistas também foram beneficiados, pois a participação na riqueza gerada, por meio de dividendos e lucros reinvestidos, que era de 25,6% entre 2000 e 2005, subiu para 40% entre 2006 e 2011. Se os bancos valorizam essas pessoas, os bancários, que são os principais responsáveis pelos desempenhos das instituições financeiras, exigem tratamento igual”, afirmou Juvandia.
Nova assembléia dia 17 – Também foi aprovado o calendário do Comando Nacional que estabelece nova assembléia na segunda – dia 17, na Quadra, para organizar a paralisação a partir da terça 18.
Além de São Paulo, até o fechamento desta edição também aprovaram a greve bancários do Acre, Amapá, Belo Horizonte, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e Porto Alegre.
Dentro da lei – O Sindicato cumpriu as exigências da Lei de Greve.
AVISANDO o PÚBLICO:
Aviso de Greve (O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo, por sua presidenta, para cumprimento das exigências contidas na Lei nº 7.783/89, avisa a todos as instituições Financeiras Públicas e Privadas, Usuários de seus serviços e a população em geral, que os empregados pertencentes a categoria bancária da base deste Sindicato, nos municípios de São Paulo, Barueri, Carapicuíba, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, São Lourenço da Serra, Santana do Parnaíba, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista, em assembléia realizada em 12/09/2012, deliberaram em paralisar suas atividades a partir das 00h00 do dia 18 de setembro de 2012 por prazo indeterminado. São Paulo, 13 de setembro de 2012. Ass. Por Juvandia Moreira Leite – Presidenta.
NOTA:
PLR MAIOR – Os bancários exigem três salários, mais R$ 4.961,25 de PLR. Se mantida a regra atual, como querem os bancos, os bancários devem receber PLR menor que a de 2011. Um dos motivos é o aumento de em média 30% no PDD. A ampliação das metas também pode ocasionar perdas nos programas próprios como Agir, no Itaú, e PPR, no HSBC.
VALORIZAÇÃO DO PISO SALARIAL – O piso dos bancários esta em R$ 1.400,00. Apesar da valorização conquistada nas últimas campanhas, o valor tem de aumentar. A reivindicação é de R$ 2.416,38 (salário mínimo do Dieese).
VALES E AUXÍLIO MAIS ALTOS – No fim do mês os trabalhadores têm de tirar do próprio bolso para almoçar e nos supermercados os preços dispararam. Por isso, bancários querem vales refeição e alimentação de R$ 622,00. Mesmo valor é reivindicado para o auxílio-creche, a 13ª cesta-alimentação e para novas conquistas como o 13º vale-refeição.
SOBRECARGA QUE ADOECE – Em 1996 cada bancário era responsável por 83 contas, em 2010 saltou para 292 contas, aumento de 253%. É preciso contratar mais e acabar com demissões imotivadas. Os bancários querem, ainda, respeito à jornada de seis horas, fim das metas abusivas e do assédio moral.
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