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Febre do Nilo Ocidental – Causas e Sintomas

Febre do Nilo Ocidental recentemente foi confirmado um caso em  um cavalo, no município de São Mateus, no norte do Espírito Santo. Desta maneira autoridades sanitárias do País estão em alerta. Recentemente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento expediu nota técnica confirmando a presença da doença no Brasil. A doença é uma zoonose já registrada em países da Europa, Estados Unidos e América Central.

Causas da Febre do Nilo Ocidental

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção viral e ela é causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela. O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido através da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culexo o nosso conhecido pernilongo. Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus ou seja, viremia alta e prolongada e como fonte de infecção para os mosquitos. Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a viremia se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.

Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária. A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório para algumas espécies de aves. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

Sintomas da Febre do Nilo Ocidental

Acredita-se que 20% dos indivíduos infectados desenvolvam sintomas, na maioria das vezes leves. A forma leve da doença caracteriza-se por febre aguda de início rápido e frequentemente acompanhada de mal-estar, anorexia, náusea, vômito, dor nos olhos, dor de cabeça, mialgia, exantema máculo-papular e linfoadenopatia.  Estes sintomas são parecidos com os da dengue, ou com a invasão do sistema nervoso central, causando meningite, encefalite, paralisias flácidas e Síndrome de Guillain-Barré. As formas mais graves ocorrem com maior frequência em indivíduos com idade superior a 50.

Não existe hoje disponível vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. O tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas. Os casos mais graves, quase sempre, necessitam de hospitalização para tratamento de suporte, com reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias, além de tratamento específicos para pacientes com quadros de encefalites ou menigoencefelite em sua forma mais severa.

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