Contra Malária Vacina Experimental Imita Picada de Mosquito – Saiba Mais

Foi publicado ontem na versão online da revista americana Science, o resultado de experiências para testar uma nova vacina contra a malária. A vacina foi aplicada em 12 voluntários e imita os efeitos de uma picada do mosquito transmissor da doença. O resultado foi o mais eficaz até agora, imunizando 100% de um subgrupo dos voluntários. Os responsáveis pelo testes e pelo desenvolvimento do estudo são Stephen Hoffman, da Sanaria, e Robert Seder, do instituto americano Niaid (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas).
A malária é uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos. No Brasil, é encontrada principalmente na Amazônia, mas suas vítimas são em números bem menores já que aqui só é encontrado o parasita Plasmodium vivax, que não é tão perigoso quanto o Plasmodium falciparum, que é encontrado na África e responsável por um grande número de mortes todos os anos.

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O produto desenvolvido pela empresa Sanaria, liderado por Hoffman e Seder, e chamado PfSPZ, emprega o microorganismo inteiro na fase esporozoíto na corrente sanguínea para que o sistema imunológico se defenda. Para que o microorganismo não se desenvolva, eles são expostos aos Raios-X e enfraquecidos antes de serem injetados.
Essa técnica de enfraquecer o esporozoíto com Raios-X foi desenvolvida inicialmente pelos brasileiros Ruth e Victor Nussenzweig em meados da década de 60, quando o casal de mudou para a Universidade de Nova York. Nos estudos desenvolvidos por eles, vários mosquitos irradiados picavam voluntários. O teste foi obteve sucesso, porém era só o início dos estudos, pois era impossível vacinar milhares de pessoas dessa forma.
Outro laboratório, o GSK, desenvolveu uma vacina semelhante que também está em fase de teste, mas que só conseguiu entre 47% e 55% de proteção entre os voluntários. A vacina da empresa GSK é conhecida como RST,S e só utiliza um pedaço do esporozoíto, impedindo assim o desenvolvimento da doença.
Mesmo com os resultados da Sanaria sendo satisfatórios, ainda é só o começo. Ainda precisam ser estudadas formas mais rápidas e baratas de se desenvolver a vacina, a fim de vacinar milhões de pessoas contra a doença. Estudiosos afirmam que dentro de um período de três a cinco anos, será encontrada a vacina que colocará fim na doença.

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