Bocejar – Motivos
Bocejar é um ato muito natural e por vezes acontece até mesmo de forma inconsciente. Por ser tão natural muitos acham que ele pode indicar uma simples manifestação de cansaço ou tédio. Entretanto. o bocejo permite, principalmente àqueles treinados para tal, a detecção do tipo de energias que estão presentes em determinada pessoa; se são positivas ou negativas, bem como qual o nível de controle que há sobre elas.
Motivos de Bocejar
Segundo uma nova pesquisa publicada no periódico científico Current Biology, o bocejo pode ser um reflexo cerebral primitivo, que o torna contagioso e quase impossível de resistir. Notamos inclusive que se lutar contra o impulso só faz aumentar a vontade. Os cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram que a vontade de bocejar que pode ser vista entre humanos e até mesmo em cães e chipanzés, tem suas raízes em uma parte do cérebro responsável pelas funções motoras, o córtex motor primário. Essa região também tem uma função importante no desenvolvimento de ecofenômenos. Eles são condições que induzem à imitação de movimentos alheios, como a epilepsia, o autismo e a síndrome de Tourette.
Mesmo não se tratando de uma doença, os pesquisadores acreditam que o bocejo tenha o mesmo efeito contagioso. Foram examinadas 35 pessoas enquanto assistiam a vídeos de outras pessoas bocejando, eles perceberam que mesmo quando eram aconselhados a controlar o impulso, isso era praticamente impossível e até servia como estímulo. Depois do primeiro teste, os pesquisadores utilizaram um tipo de estimulação elétrica para tentar manipular e aumentar o contágio. “Utilizando essa técnica, fomos capazes de aumentar a excitabilidade e, consequentemente, a frequência do bocejo”, disse Georgina Jackson, uma das autoras do estudo, em comunicado.
Para esses especialistas, o trabalho com a intervenção elétrica sugere que o córtex motor primário seja o principal responsável pelo efeito contagioso do ato de bocejar. Pesquisas anteriores já sugeriram que o bocejo poderia estar relacionado à empatia, um mimetismo gerado pelo vínculo social. No entanto, segundo informações do Medical News Today, existem poucas evidências para essa teoria. “Mais pesquisas são necessárias para entender melhor as funções e os mecanismos do bocejo”, disse Stephen Jackson, professor de neurociência cognitiva da Universidade de Nottingham e principal autor do recente estudo. De acordo com os pesquisadores, essa nova descoberta pode ajudar a entender melhor como doenças relacionadas à excitação motora funcionam e como elas podem vir a ser tratadas no futuro. “Se pudermos reduzir a excitabilidade da síndrome de Tourette, por exemplo, conseguiremos reduzir os tiques, o que fará parte dos nossos próximos estudos”, concluiu a professora.
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