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A Luta E Um Sonho Pela Liberdade Do Povo Do Brasil, 21 De Abril, Dia Do Tiradentes – Joaquim José Da Silva Xavier.

 

A LUTA E UM SONHO PELA LIBERDADE DO POVO DO BRASIL, 21 DE ABRIL, DIA DO TIRADENTES – JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER.

 

 

QUEM FOI TIRADENTES?

Nos seus 500 anos de existência, o Brasil foi dominado por Portugal por mais de três séculos. Nesse período, desde o início da luta pela Liberdade até a Independência, houve o trabalho de muitos heróis e anônimos. Dentre esses heróis que tinham um sonho e dedicaram-se em lutar pela libertação do Brasil, destaca-se o Tiradentes – Joaquim José da Silva Xavier.

Nascido em 12 de novembro de 1746, nas terras de uma fazenda no distrito de Pombal, nas proximidades do lugarejo de Santa Rita do Rio Abaixo, que na época era um território disputado entre os vilarejos de São João Del Rei e São José do Rio das Mortes, no estado de Minas Gerais. Joaquim José da Silva Xavier era filho de um português chamado Domingos da Silva Xavier, o qual era proprietário de terras na área rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier, prima em segundo grau do então Antônio Joaquim Pereira de Magalhães, este era o quarto dos nove filhos.

Tendo ocorrido o falecimento de sua mãe em 1755, Tiradentes acompanha seu pai e irmãos para a Vila de São Antônio e, após dois anos ele já com onze anos, seu pai vem a falecer. Dado a morte prematura dos seus pais e, não restando alguém com conhecimentos e habilidades para administrar os bens, logo sua família vem a perder as propriedades por endividamento. Não teve estudo regularmente e ficou sob a proteção de seu primo, que atuava como cirurgião dentista. Foi trabalhador ambulante e minerador, tornando-se sócio de uma farmácia que prestava auxílio aos pobres na ponte do Rosário, em Vila Rica, e com esta nova atividade dedicou-se as técnicas farmacêuticas e as práticas do exercício de dentista, ora lhe conferiu o apelido de Tiradentes.

À medida que Tiradentes vinha amadurecendo como homem e como profissional e principalmente por conhecer as técnicas de terrenos em decorrência do seu trabalho em mineração, passou a prestar serviços ao governo no que tange os reconhecimentos e levantamentos do território pertencente ao sertão do sudeste.

Alistando-se em 1780 nas tropas da Capitânia de Minas Gerais, sendo promovido a Comandante do Destacamento dos Dragões em 1781, para patrulhar o (Caminho Novo de Garcia Rodrigues Paes), rota para escoamento de produtos procedente de mineradoras da capitania mineira ao Rio de Janeiro, no antigo Cais dos Mineiros, entre o sopé do morro de São Bento e da atual praça XV de Novembro, defronte a igreja da Candelária.

Desde então, Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes passou a ter contatos com grupos de pessoas que estavam descontentes com as explorações ocorridas no território do Brasil pelos portugueses, evidenciando desvios das riquezas extraídas do solo e cobranças de impostos insuportáveis das pessoas brasileiras acarretando ainda mais a situação de pobreza, em benefício dos corruptos e da corroa portuguesa.

Diante disso e da insatisfação por não ter sido reconhecido na carreira militar, ou seja, não ter conseguido outras promoções a não ser o posto de alferes, cuja patente foi conseguida no início do ofício, mesmo porque, a patente de Alferes (equivalente hoje a segundo tenente) era o posto máximo permitido aos nativos brasileiros, em sendo assim pediu baixa em 1787 da Cavalaria.

 Ao lançar mão da carreira Militar, foi para o Rio de Janeiro com propósito de ser empreendedor. Era portador de projetos para canalizar os rios Andaraí e Maracanã para abastecer de água a cidade do Rio de Janeiro, mas não obteve apoio financeiro. De qualquer forma, sua vinda ao Rio não foi em vão, pois conheceu José Álvares Maciel, que alimentava os mesmos ideais de libertação da colônia, e ao receber notícias da luta pela independência dos Estados Unidos da America Norte, então, nascia-se os caminhos que propiciava à Inconfidência Mineira.

Considerando a decepção por não ter conseguido colocar em prática seu projeto de canalização das águas dos rios e, diante dos ideais de libertação, Tiradentes voltará às Minas Gerais e tratou imediatamente de fazer os seus contatos na cidade de Vila Rica e nas circunvizinhanças visando arrebanhar as pessoas em proveito da independência da colônia. Nesses contatos relacionados a liberdade , participou de um movimento coligado a integrantes do clero e da elite mineira como: Cláudio Manuel da Costa, que era um antigo funcionário do governo que ocupava o cargo de secretário, Tomás Antônio Gonzaga, trabalhava na ouvidoria da comarca e, Inácio José de Alvarenga Peixoto, que era minerador. Com a propagação dos ideais de libertação da colônia brasileira, novos adeptos foram surgindo e o movimento foi ganhando reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação dos Estados Unidos. Todavia, na época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram procedentes das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional estarem ligados aos ideais liberais que circulavam na Europa.

 

Conspiração Nas Minas Gerais:

Além dos acontecimentos externos, casos ocorridos no mundo e na religião vieram á contribuir com á articulação conspiradora nas Minas Gerais. Devido às constantes quedas na arrecadação das receitas institucionais, por razões relacionadas a baixa atividade da cana açucareira, foi realizado a reforma econômica portuguesa do então D João V que estabeleceu medidas que viesse a garantir o Quinto, obrigação imposta aos moradores de Minas Gerais que tinham de pagar a cada seis meses, cem arrobas de prata, que seriam enviadas a Fazenda Real.

Com a nomeação de Antônio Oliveira Meneses ao cargo de governador da província em 1782, ocorreu uma divisão entre os intelectuais da elite local em prejuízo de seu grupo de amigos. Um alvoroço com sentimento de revolta muito grande foi tomado, com a decretação da derrama, (forma de coagir os homens-bons (brancos e ricos) para que esses tivessem zelo pelo recolhimento do quinto). A derrama permitia a cobrança violenta de impostos, inclusive açoitar prender o contribuinte e, levá-lo ao governador nomeado para que este fosse executado. Tal medida se fez necessário para saldar a dívida mineira que acumulava desde 1762, somando um montante de 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.

Motivado pela discrepância na arrecadação predatória de impostos, o movimento tem o seu início na noite da insurreição: Lideres da confidência sairiam nas ruas de Vila Maria gritando vivas à República, objetivando conquistar a adesão do povo. No entanto, antes que a conspiração tornasse uma revolução, em 15 de março de 1789 foi denunciada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente coronel e, Inácio Correia de Pamplona, luso açoriano, mediante perdão das suas dividas com a Fazenda Real.

Entretanto, no dia 14 de março o Visconde de Barbacena já tinha suspendido a derrama, essa determinação fez com que o movimento perdesse os ânimos. Ficando a par da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio de Janeiro para apresentar-se ao vice rei e comunicar-lhe do ocorrido, que ligeiramente do dia 07 de maio – abriu inquérito. Tiradentes que também estava no Rio de janeiro, foi avisado da traição e escondeu-se na casa de um amigo, porem foi descoberto ao entrar em contato com Silvério dos Reis e foi preso no dia 10 de maio. Dez dias após, o Visconde de Barbacena começava as prisões dos inconfidentes das Minas Gerais.

Dos inconfidentes, destacam-se os padres: Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, os comandantes dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, que era da ouvidoria. Os inconfidentes já estavam traçando planos de governo, projetos que viriam de encontro às necessidades dos nativos brasileiros, sendo esses: preparar um governo republicano independente de Portugal, montar indústrias no país, criar uma universidade em Vila Rica, fazer de São João Del Rei a capital do Brasil, cujo primeiro presidente seria por um período de três anos Tomás António Gonzaga, após seu mandato, os seus sucessores deveriam ser eleitos pelo povo. Na república dos inconfidentes não haveria forças armadas, a população é que teriam armas e, em caso de necessidade milícia seria formada em defesa do país ou em outros tipos de ataques relevantes.

Julgado e Sentenciado:

Recusando no começo das inquirições a sua participação na conspiração, Tiradentes foi o único a assumir posteriormente toda a responsabilidade pela inconfidência, poupando os seus parceiros de qualquer retaliação por parte do governo, no entanto, todos os inconfidentes foram presos aguardando durante três logos anos pela conclusão do processo. Desses alguns tiveram condenação à morte e outros foram deportados e, horas depois, através de carta de perdão de D. Maria I, as sentenças de todos os acusados foram alteradas para deportação, com exceção da sentença do Tiradentes, cuja condenação permaneceu a pena capital, excetuando-se a morte de crueldade como previa as ordens do reino, toda via, sua morte foi por enforcamento.

Por ser o único a assumir a responsabilidades e, por ser o inconfidente a ter posição social inferior aos demais, uma vez que os seus parceiros eram detentores de posses financeiras (ricos), ou estão eram patenteados militarmente. Por essa razão, cogitava-se que Tiradentes seria um da minoria dos inconfidentes que não era visto como maçom.

 

Desta forma, pela manhã de 21 de abril de 1792, Tiradentes foi obrigado a andar em cortejo nas ruas central da cidade do Rio de Janeiro, perfazendo o trajeto entre a cadeia pública até o local onde foi instalado o cadafalso. Aproveitando a oportunidade, o governo geral usou esse feito para transformar a situação num braço de ferro, demonstração de força e poder da coroa portuguesa. A sentença foi lida, teve discurso de aclamação à rainha, e o cortejo detinha fanfarra e era composta por toda tropa da localidade. O historiador e cientista político brasileiro Boris Fausto, declara que uma das prováveis causas para a preservação da memória do Tiradentes, apontando que todo o espetáculo acabou por acordar a ira do povo que assistiu o evento, quando na verdade, a coroa queria intimidar as pessoas para inibir possíveis revoltas.

Neste dia então, Tiradentes foi executado pela tirania, foi morto e esquartejado e, com o seu sangue lavrou-se a certidão de que foi cumprida a sentença, tendo sido declarado infame a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada. As partes restantes do seu corpo foram distribuídos ao longo das cidades onde fez discursos da revolução. Para ter certeza em não sobrar vestígios do Tiradentes, sua casa foi queimada, sal foi jogado no terreno para que nada fosse germinado.

Bibliografia: Wikipédia e Coleção de Olho no Mundo

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